Sou um apreciador e consumidor de vinho limitado nos conhecimentos e nas escolhas mas com uma curiosidade enorme em conhecer novas opções e sem medo de arriscar em novas experiências, tendo, por isso, já apanhado algumas decepções mas, em contrapartida, alargado os meus horizontes nessa matéria.
Até há poucos anos o meu universo fixava-se quase em
exclusivo nos vinhos do Alentejo e Douro. Por curiosidade, fui experimentando
vinhos do Dão, do Ribatejo e Sado, concluindo pela excelência de muitos vinhos
destas regiões e hoje não tenho nenhuma reserva em relação aos mesmos.
Vinho da Bairrada não é só "frisante"
Uma das regiões que menos tenho visitado nas minhas experiências de degustação é a Bairrada. Associo sempre essa região ao vinho “frisante”, servido para acompanhamento do melhor leitão do mundo, pelo que nas cartas de vinhos apresentadas nos restaurantes passo sempre à frente na página relativa aos vinhos da Bairrada.
Vinho da Bairrada não é só "frisante"
Uma das regiões que menos tenho visitado nas minhas experiências de degustação é a Bairrada. Associo sempre essa região ao vinho “frisante”, servido para acompanhamento do melhor leitão do mundo, pelo que nas cartas de vinhos apresentadas nos restaurantes passo sempre à frente na página relativa aos vinhos da Bairrada.
Num almoço de amigos realizada há poucos dias num restaurante
de Lisboa quando chegou o momento de escolha do vinho (tarefa que simpaticamente me foi endereçada) fui
confrontado com uma carta em que os preços dos vinhos que normalmente bebemos
se apresentavam demasiado elevados para a ocasião e para o orçamento dos
presentes.
Vinho da casa, escolha anormal
Em desespero olhei para o “vinho da casa” com um preço anormalmente baixo para o tipo de restaurante (7,5€/garrafa), totalmente desconhecido para mim e, mais grave, da Bairrada!
Vinho da casa, escolha anormal
Em desespero olhei para o “vinho da casa” com um preço anormalmente baixo para o tipo de restaurante (7,5€/garrafa), totalmente desconhecido para mim e, mais grave, da Bairrada!
Perante a minha hesitação um dos convivas encorajou-me,
referindo que já aí havia bebido esse vinho e que gostara.
Perante este encorajamento, decidi arriscar e um pouco
aliviado porque se o vinho não servisse a perda também não seria grande. Tinha,
aliás, já decidido o que escolhia a seguir na provável hipótese de o vinho não reunir os requisitos mínimos
para acompanhar a divinal alheira de caça com grelos por que a maioria de nós
havia optado.
Vinho do Putto tinto, uma surpresa.
Para surpresa minha, o vinho foi aprovado com boa nota, revelando-se suave, encorpado qb, fresco e com agradáveis notas de fruta madura. Todos ficámos agradados com o vinho e com o preço. E eu, adicionalmente, aliviado por ter superado com sucesso a prova da escolha.
Vinho do Putto tinto, uma surpresa.
Para surpresa minha, o vinho foi aprovado com boa nota, revelando-se suave, encorpado qb, fresco e com agradáveis notas de fruta madura. Todos ficámos agradados com o vinho e com o preço. E eu, adicionalmente, aliviado por ter superado com sucesso a prova da escolha.
Aqui vai então a informação sobre esse vinho.
Tratou-se do Vinha do Putto tinto, feito com castas variáveis
em cada ano, incluindo, entre outras : touriga
nacional, sirah, tinta roriz, trincadeira da Bairrada, cabernet sauvignon,
pinot noir e merlot.
É produzido pela Adega Campo Largo, Quinta de São Mateus, em
Anadia.
Este vinho merece o lugar na nossa galeria de experiências
por o considerar um dos vinhos com melhor relação preço/qualidade que tenho
bebido nos últimos tempos.
Costumo dizer que o difícil
em Portugal não é escolher bons vinhos. O difícil é escolher bons vinhos
e baratos.
Fica aqui o meu contributo.
MF
Setembro | 2013
No comments:
Post a Comment