Recordação de um grande vinho
Num dos meus momentos livres, dei uma olhadela pela minha caixa de recordações gastronómicas e deparei com um almoço, realizado num restaurante em Queijas há alguns anos, com dois amigos, para fecho de um projecto profissional bem sucedido.
Como habitualmente naquele restaurante, deixámos ao critério
do chefe de mesa a sugestão do menú, incluindo o vinho.
Para acompanhar um prato de carne, foi-nos sugerido um vinho
alentejano que nunca tinha ouvido falar - Cruz Miranda 2001.
Tudo no vinho foi novo para mim – a graduação, a casta, o
sabor, o aroma…
Tratava-se de um vinho alentejano, produzido na Herdade das
Cepas, exclusivamente da casta Alfrocheiro Preto e com
15 graus.
A experiência foi excelente pois o vinho combinou muito bem com a carne e um queijo forte no fim, ajudando à criação de um
ambiente e de um almoço inesquecíveis.
De tal maneira que cada um de nós trouxe uma garrafa para
beber mais tarde.
Cuidado com os efeitos colaterais
O único senão foram os efeitos colaterais. Tivemos alguma dificuldade em dar com o caminho de regresso a Lisboa e o elemento do grupo que vinha a conduzir revelou uma condução bastante errática. Admito que estes problemas não decorressem da qualidade, mas da quantidade de bebida…
Desde então, sempre que passo por uma garrafeira, dou uma vista
de olhos para tentar comprar algumas garrafas desse vinho, mas não
tenho tido sorte.
Desconheço se a adega entretanto fechou ou se a produção desse vinho foi
interrompida, pelo que continuo a tentar porque persiste esse registo na minha
memória.
Se forem mais afortunados que eu e o encontrarem, bebam um copo por mim.
MF
Setembro | 2013
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