Uma designação pouco comum para vinho
Num comentário a um antigo post deste blogue, um dos nossos
seguidores e hoje blogger convidado, deu-nos nota de um excelente vinho branco,
que consumia em Angola com alguma regularidade.
O José Guilherme, assim se designa, era um vinho que eu
desconhecia, o que motivou a promessa de escrever um post sobre ele, mas apenas
quando tivesse a oportunidade de o consumir.
Claro que não estava em causa duvidar da qualidade do
produto, mas apenas aproveitar a oportunidade para alargar a minha cultura
vinícola e cumprir com um compromisso que assumimos no blogue: não escrever
sobre vinhos que não tivéssemos experimentado.
Será mais fácil de encontrar em Angola?
Coloquei o José Guilherme na minha lista de compras e solicitei
ao grupo de amigos do blogue, que me desse pistas e a sua opinião sobre este vinho,
tendo concluído que ninguém verdadeiramente o conhecia.
Como uma outra regra que temos seguido é a de não contactar
directamente os produtores, a não ser quando estamos de visita às adegas, iniciámos
o processo de procura do José Guilherme nos tradicionais locais de venda.
Apesar de admitir que nem todos tivessem tido um grande envolvimento
na procura, o que é certo é que não havia meio de encontrar o José Guilherme,
tendo o tema passado a ser motivo de conversa em todas os nossos encontros
gastronómicos.
Foi pois com enorme excitação que recentemente recebi um
telefonema de um amigo a informar-me que tinha na sua posse uma garrafa do
vinho que eu andava a procurar e que estava na disposição de a partilhar
comigo.
Por coincidência, tal acabou por acontecer num almoço de
despedida de um familiar próximo, que irá passar os próximos meses em Angola, local
onde provavelmente será mais fácil encontrar o José Guilherme.
Sobre o vinho e onde o adquirir
Sobre o vinho, confirma-se o que havia sido dito pelo nosso
seguidor, trata-se de um excelente vinho alentejano, de 14º, da Herdade dos Arrochais, Amareleja, produzido à base das castas Antão Vaz e Arinto.
Quando perguntei ao meu amigo onde encontrou o José Guilherme e
quanto tempo tinha levado até encontrá-lo, respondeu-me que perdera apenas
alguns segundos porque o tinha encomendado pela internet.
Sinais dos tempos.
À vossa saúde!
VL
Novembro | 2013
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