Passeio
gastronómico em Angola
Barra do Dande - Angola |
Existem muitos e bons locais para se poder comer um bom
peixe ou marisco, tanto em Luanda, como nos seus arredores.
No entanto, se a opção for dar um passeio e sair,
mantendo-nos junto à costa para apreciar a paisagem marítima, ou para dar um
mergulho, podemos optar por rumar a norte, até à Barra do Dande ou mesmo Ambriz,
ou seguir para sul, até Sangano ou Cabo Ledo, localidades alcançáveis em tempo
útil.
Num dia em que me apeteceu andar uns quilómetros e conhecer
melhor os arredores de Luanda, segui o
conselho de um amigo e desloquei-me até à Barra do Dande, com o objectivo de comer
um qualquer grelhado de peixe ou mesmo lagosta, em ambiente descontraído e
popular.
Nome
familiar, vinho familiar
Empregada do Restaurante Maria Lima |
Na Barra do Dande existem muitos restaurantes, todos de
aspecto mais ou menos popular, mas limpo, tanto quanto um espaço ao ar livre o
pode ser.
Optei por um dos últimos, precisamente aquele que me
permitia ver a foz do rio e a azáfama dos pescadores que entravam e saíam da
barra, assim como as brincadeiras dos garotos nas águas do Dande.
A primeira coincidência foi perceber, através das t-shirts
dos empregados, que o restaurante se designava por Maria Lima, o nome de um
familiar próximo.
Como a minha opção acabou por recair num fresquíssimo
linguado, que parecia do tamanho adequado ao meu apetite, solicitei à empregada
que me indicasse os vinhos brancos ou rosés que tinha disponíveis, numa carta
que adivinhei muito curta.
A segunda surpresa foi a sugestão da empregada, que recaiu
num rosé. Não por ser uma proposta desconhecida ou desadequada, mas por ser
produzido pela Quinta da Ribeirinha, cuja adega se situa a curta distância da
minha residência em Portugal.
Rosé da Quinta da Ribeirinha
Rosé da Quinta da Ribeirinha |
O rosé da Quinta da Ribeirinha é um D.O.C do Tejo, produzido
a partir da casta Tinta Roriz e que estagiou dois meses em cascos de carvalho
americano.
Segundo as suas notas de prova, “é intenso no aroma, é um
vinho frutado, com notas a frutos vermelhos e pêssego, de final macio e
persistente”.
A geleira, do restaurante Maria Lima, permitiu que o vinho
se apresentasse na temperatura certa, uma vez que se deve consumir perto dos
12ºC e a combinação com peixe grelhado angolano revelou-se perfeita.
Não será pois de estranhar que após almoço tão agradável,
num local muito particular e no meio de tantas coincidências, tenha ficado a
certeza de que o rosé da Quinta da Ribeirinha passaria a integrar a minha lista
de opções e de recomendações.
Em dia quente, na frente de um bom peixe grelhado,
experimente o rosé da Quinta da Ribeirinha e diga-me se concorda, ou não, com a
minha opinião.
À sua saúde!
VL
Dezembro | 2013
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