Friday, September 6, 2013

Cruz Miranda - Um vinho bom companheiro


Recordação de um grande vinho

Num dos meus momentos livres, dei uma olhadela pela minha caixa de recordações gastronómicas e deparei com um almoço, realizado num restaurante em Queijas há alguns anos, com dois amigos, para fecho de um projecto profissional bem sucedido.

Como habitualmente naquele restaurante, deixámos ao critério do chefe de mesa a sugestão do menú, incluindo o vinho.

Para acompanhar um prato de carne, foi-nos sugerido um vinho alentejano que nunca tinha ouvido falar - Cruz Miranda 2001.

Tudo no vinho foi novo para mim – a graduação, a casta, o sabor, o aroma…

Tratava-se de um vinho alentejano, produzido na Herdade das Cepas, exclusivamente da casta Alfrocheiro Preto e com 15 graus.

A experiência foi excelente pois o vinho combinou muito bem com a carne e um queijo forte no fim, ajudando à criação de um ambiente e de um almoço inesquecíveis.

De tal maneira que cada um de nós trouxe uma garrafa para beber  mais tarde.

Cuidado com os efeitos colaterais

O único senão foram os efeitos colaterais. Tivemos alguma dificuldade em dar com o caminho de regresso a Lisboa e o elemento do grupo que vinha a conduzir revelou uma condução bastante errática. Admito que estes problemas não decorressem da qualidade, mas da quantidade de bebida…

Desde então, sempre que passo por uma garrafeira, dou uma vista de olhos para  tentar  comprar algumas garrafas desse vinho, mas não tenho tido sorte.

Desconheço se a adega entretanto fechou ou se a produção desse vinho foi interrompida, pelo que continuo a tentar porque persiste esse registo na minha memória.

Se forem mais afortunados que eu e o encontrarem, bebam um copo por mim.

MF

Setembro | 2013

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