Wednesday, August 14, 2013

Em defesa do vinho branco

 
Vinhos brancos de norte a sul de Portugal

Muitas vezes se ouve dizer que vinho é tinto!

Também existe uma ideia que o tinto é bom para a saúde e o branco nem por isso.

Sem entrar em polémicas, a minha defesa do vinho branco assenta em dois princípios: 

  1. Existem brancos tão bons como muitos tintos;
  2. Fazer bem ou mal à saúde, depende de cada um e da qualidade e quantidade que se bebe.
Em determinados países, apenas os tintos apresentam qualidade, noutros apenas os brancos, enquanto que os restantes, menos afortunados, se limitam a comprar a quem os produz ...

A vantagem de Portugal, como país e com esta dimensão, é a enorme diversidade de opções, com apostas seguras, quer em tintos, quer em brancos, quer em rosés.

A minha opção de vinhos brancos cai, preferencialmente, por brancos com sabor forte, normalmente com graduação mais elevada, embora a comida que o acompanha possa ser determinante na escolha final.

Correndo ao acaso pelo país, aqui junto algumas das minhas apostas.

Chardonay, embora sendo uma casta não nacional, está cada vez mais presente, por aqui e por ali, sendo uma das minhas preferidas. A minha escolha, a norte, aponta para o Quinta de Cidrô Reserva, da Real Companhia Velha, com cheiro e sabor bem intensos.

Encruzado, opção portuguesa, representado nas Beiras, com paladar bem especial. Gosto particularmente dos encruzados da Casa da Ínsua e da Quinta das Marias, este bem mais exigente para se adquirir.

Na região do Tejo e em particular no Ribatejo, várias opções muito interessantes e com preços simpáticos, Quinta da Lagoalva de Cima, Quinta da Alorna Reserva, Guarda Rios, predominando Arinto/Chardonay.

Já no Sul, embora existam várias soluções com as caraterísticas que aprecio, a melhor escolha é o Monte das Servas, colheita selecionada ou escolha, predominando a casta Roupeiro, pelo equilíbrio entre qualidade e preço.

Ficam aqui as minhas escolhas, muito pessoais, associadas muitas vezes a boas recordações, numa refeição, ou num simples convívio, em que o vinho branco, especialmente o produzido em Portugal, merece esta defesa.


RM

Agosto | 2013

2 comments:

  1. Até nem sou muito apreciador de vinho branco. Talvez por falta de hábito, ou por desconhecimento, ou por qualquer impressão psicológica, nem sei propriamente a razão. Sempre prefiro um tinto. De qualquer forma, gostaria de deixar aqui uma referência a um vinho branco que tenho bebido em Angola (estou aqui, é claro), e que acho excelente: o "José Guilherme" Branco 2009. É um vinho produzido pela Herdade dos Arrochais, da região do Alentejo, mais propriamente, da Granja - Amareleja. De castas Antão Vaz e Arinto e com um teor alcoólico de 14,00%. Experimentem e não é preciso dizer mais nada sobre ele. Apenas: deliciem-se.

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  2. Obrigado pela dica. Podemos, no futuro, vir a escrever qualquer coisa sobre a Herdade dos Arrochais. Ainda bem que se bebe bom vinho português em Angola.

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