Monday, August 12, 2013

Vinho tinto ribatejano de castas estrangeiras



Tributo aprovado!


Há uns tempos atrás, cruzei-me, em Almeirim, com o Rui, um amigo de longa data, desde muito novo ligado profissionalmente ao mundo do vinho.

Após os “há tanto tempo que não te via” e os simpáticos “estás na mesma”, concordámos em beber um café juntos para partilhar notícias sobre amigos comuns e falar um pouco sobre um tema que nos seduz: o vinho.

Foi ele que me falou pela primeira vez no Tributo, um vinho produzido pelo Rui Reguinga, um enólogo e viticultor da região de Almeirim.

Contou-me esse meu amigo, que o vinho resultou de uma vinha plantada nuns terrenos da Charneca de Almeirim, num solo cheio de calhaus e que as castas não eram as tradicionais ribatejanas, mas sim Syrah, Grenache e Viognier.

Mas nessa narrativa, o que mais prendeu a minha atenção foi a aparente razão pela qual o nome do vinho surgiu. Terá sido um tributo do filho à memória do pai, entretanto falecido, que era viticultor e que foi o responsável pela plantação da vinha.

Influenciado ou não pela história, o certo é que, poucos dias depois, dirigi-me a uma loja de vinhos, em Almeirim, para saber se tinham o Tributo e comprar umas garrafas para partilhar com uns amigos que iam almoçar a minha casa.

Foi aí que verifiquei que o Tributo 2010 tinha acabado de ganhar o primeiro prémio, na categoria de vinhos tintos, na 10ª Edição da Essência do Vinho, facto que me tinha escapado e que o Rui omitira, o que reforçou ainda mais a minha curiosidade.

Confesso que sou um apaixonado por vinho que contenha alguma Touriga Nacional, o que não acontece com o Tributo, mas isso não impediu que tenha gostado, por ser um vinho diferente e muito equilibrado.

Sobre a opinião dos amigos que estiveram nesse almoço de sábado e que comigo partilharam o Tributo, apenas posso dizer que me “obrigaram” a ir com eles a Almeirim, comprar umas garrafas para levar para casa, uma vez que tinham ficado fãs do vinho.

Em relação ao preço, que desconheciam até esse momento, limitaram-se a dizer que, apesar da crise, é preciso pagar o tributo a um bom vinho.

VL

Agosto | 2013

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