Primeiro encontro com o vinho verde

Naquela altura ainda se fazia vinho em casa, só das uvas do quintal, pelo que a qualidade deixava algo a desejar, muito diferente da realidade que hoje conhecemos, mas o que importava era o convívio, a boa comida e os passeios na sempre surpreendente região minhota.
Mesmo quando a escolha passava pelos vinhos das adegas, ainda recordo daquele vinho branco, com acidez q.b., que ficava muito tempo na boca e acompanhava aqueles pratos muito minhotos, para não falar daqueles tintos, que se bebia por malga, com sarro que manchava tudo, mas ideal para um fabuloso arroz de sarrabulho, feito pelas mães desses amigos. Inesquecível!
Vinho Alvarinho era um bem raro e caro
Vinho da casta Alvarinho era um bem raro e caro, concentrado em algumas quintas bem conhecidas. Passado alguns anos e noutra visita, agora à Galiza, surpresa das surpresas, Alvarinho (Albarino) era em cada esquina, para todas as bolsas, com muitas marcas, que motivou muitas visitas, provas e pratadas de bom marisco. Passeio complicado com tanta motivação!

No vinho branco as castas mais conhecidas são Alvarinho, Loureiro, Arinto, Trajadura e no vinho tinto são Amaral, Borraçal, Espadeiro, Vinhão, nomes bem diferentes dos de outras regiões.
Uma escolha, entre muitas opções
Para destacar um vinho, a minha aposta vai para um Loureiro (com alguma Trajadura), que foi recente companhia num almoço de apoio a um bom amigo, a acompanhar um especial arroz de peixe (muito, muito fresco), novamente lá para os lados de Viana do Castelo. Que grande parceria!
Queria pois destacar o vinho branco da Quinta da Casa da Mata, de Arcos de Valdevez, segundo dizem, tratado com processos ancestrais e naturais. Tem a habitual cor citrina, com o aroma intenso e frutado da casta, mas com uma acidez bem agradável pelo seu equilíbrio.
Apenas uma das muitas opções que são hoje escolhas seguras para bons momentos, com bons amigos.
RM
Outubro | 2013
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